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Músicos da Região: O violino pop de Verônica Leite

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Muitas vezes chamado de “rei dos instrumentos”, o violino emana uma magia que envolve e emociona os seus ouvintes. É o mais agudo dentre os de cordas friccionadas e gera um som doce,  hipnótico, sutil e fascinante. Sua utilização mais comum é na música erudita, sendo o destaque da orquestra sinfônica. Acontece que, de vez em quando, aparece algum músico que ousa quebrar a regra.  Desvia a tendência erudita e lhe utiliza na música popular. Ricardo Herz e Jorge Mautner são exemplos disso. Descobriram que por sua versatilidade, o violino é adaptável em qualquer estilo.

Seguindo nesse caminho, Verônica Alves Leite declinou da formação clássica obtida na Orquestra Sinfônica de Itabuna, sob a batuta do Maestro Bispo, e  colocou seu violino a serviço da música pop. A arte musical está no DNA de Verônica,  filha de Jairo, vocalista da banda Lord Mirim que nos anos 60/70 fez muito sucesso no sul baiano, e prima de Bob e Joinha da Banda Phase, relíquia do rock grapiúna. Com a música no ambiente familiar, Verônica aprendeu a tocar violão aos sete anos de idade, sozinha, na mais pura intuição. Na adolescência já estava de violino em punho.

Morando em Ipiaú, desde 1990, com sua mãe Ivoni Alves Leite, a musicista se entrosou com a galera local e fundou a banda Paralelo Coletivo, mostrando a esta cidade o valor do seu instrumento. A formação original da Paralelo contava  com Jota  (guitarra), Izume (violão) e Davi (cajon). Depois chegaram Jorginho Lamarkis (percussão) e João Kleber (bateria). Atualmente, Verônica divide palco com Ivan Silva (baixo) e Vicente Andrade (violão). Eles ensaiam o projeto Tributo a Raul Seixas, a ser apresentado no Casarão de Zé Américo.

Engajando-se no Coletivo Cultural de Ipiaú, Verônica fez novas descobertas, participou do Grito de Improviso, conquistou plateias e realizou o sonho de tocar ao lado do vocalista Sikiling, na banda Soda Pop. Seu repertório traz pérolas do Beatles, Led Zeppelin, Rappa e Charlie Brown... Ela mistura o pop com Vivaldi, Bethowen, Bach e outros gênios da música clássica. Nem só de violino vive Verônica. Hoje, sua principal atividade profissional é a de coordenadora cultural no CIEI ( Complexo  Integrado de Educação de Ipiaú), antigo Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães.

A história do violino começa entre o fim do século XVI e o início do século XVII. É bem provável que o mesmo tenha surgido como uma evolução da rabeca, vielle e da lyra da braccio, instrumentos que marcaram a música no fim da Idade Média e início do Renascimento, entretanto suas origens nos levam para uma época muito mais antiga, quando certos instrumentos orientais, como o nefer egípcio e o r’jenn sien chinês são criados. A história de Verônica começa em Itabuna, onde nasceu, e prossegue em Ipiaú com um trabalho que trará bons resultados para a cultura territorial do médio Rio das Contas. (Giro/José Américo Castro)

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